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Tudo sobre a segunda temporada de 'O Mundo Sombrio de Sabrina'

Ainda mais sombria e empoderada, a segunda temporada de 'O Mundo Sombrio de Sabrina' estreou na última sexta-feira, 05 de abril. Com 9 episódios de cerca de 1h, cada, essa segunda parte encerra o ciclo iniciado no Halloween do ano passado, na busca de entender e compreender quais os planos e desejos do Lorde das Trevas para a vida de Sabrina Spellman.

Enquanto na primeira temporada, Sabrina vivia uma dualidade e conflito entre o mundo bruxo e o mundo dos mortais, aqui vemos uma Sabrina cada vez mais imersa em seu lado sombrio e dedicada aos estudos da magia das trevas. O mundo dos mortais perde foco, sendo apenas um suspiro ou fuga quando a jovem bruxa se vê em conflitos morais, conforme enfrenta resistências à sua provável ascensão. 

A pauta do feminismo e crítica social continuam sendo as principais temáticas da série. Especialmente com a discussão de gênero, representada pelas aflições de Susie, agora Theo. Ao passo que a crítica ao retrocesso do conservadorismo se torna ainda mais acentuada, com a legislação segregativa e opressora do Sumo Sacerdote da Igreja da Noite, Padre Blackwood, que tenta voltar aos primórdios de sua fundação e a época gloriosa do patriarcado. Por outro lado, com a ajuda de Nicholas, Sabrina recupera o manifesto com as propostas mais progressistas de convivência no mundo bruxo, de quando seu pai era o Sumo Sacerdote e resolve não só abraçar as ideias, mas compartilha-las, na tentativa de criar um movimento de combate ao machismo e misoginia, ante o tradicionalismo da Igreja de Satanás.

Esse embate político e social poderia ser um dos pontos mais altos da série, pela maturidade em que é desenvolvido e proporcionou a evolução das personagens Tia Hilda e, principalmente, Tia Zelda, que ganhou o protagonismo que lhe é devido. Além do arco da Srta. Wardwell, que finalmente pôde ser vingada frente a traição do Senhor das Trevas e teve sua jornada explorada, revelando sua verdadeira identidade: Lilith, a grande manipuladora de toda a história. 

Salvo isso, a série mantém o ritmo da primeira temporada, ora acelerado, ora arrastado. Com muitas referências à mitologia cristã e bruxaria natural, além de elementos dos clássicos do terror. Diferente do que era esperado, o gato Salem tem uma participação ainda menor que da primeira temporada. E o provável triângulo amoroso entre Sabrina, Harvey e Nick é pouco explorado. Além da química construída entre os jovens bruxos (Sabrina e Nick), Harvey engata um relacionamento com Roz, o que transmite um alívio: melhor assim.


Por fim, é uma temporada de continuação, que responde a todas as dúvidas e pontas soltas deixadas na temporada anterior, além de desenvolver e amadurecer, com coerência, todos os personagens. Apesar de Sabrina ser a grande protagonista da série, todos os outros personagens recebem seu destaque e cenas de protagonismo, principalmente as mulheres, como já citado. Tudo isso em uma linguagem leve e com o toque necessário de elementos sombrios e de terror. Na trilha sonora, o destaque vai para 'Girls Just Wanna Have Fun' da Cyndi Lauper, que embala o momento de diversão e descontração entre bruxos e mortais. 


O Mundo Sombrio de Sabrina segue sendo umas das melhores produções da Netflix e a curiosidade acerca do que a terceira temporada deve explorar já aflora, após a reviravolta do desfecho da parte 2.

PONTO ALTO: A ascensão das personagens Tia Zelda e Srta. Wardwell/Lilith.

PONTO BAIXO: A construção do personagem Harvey segue fraca e perdida. Desde o final da primeita temporada, se tornou o personagem mais desinteressante da série.

4.5/5.0

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